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A moda de falar em torno do termo "politicamente correcto" já foi há algum tempo, mas na altura o blog estava adormecido e não me pronunciei acerta do assunto. Como tal, encarem este assunto como algo vintage. Assim já ninguém pode alegar que é démodé falar disto.

Pede-se mais pessoas politicamente incorrectas. Expressa-se em bios de redes sociais o orgulho de se ser politicamente incorrecto. Diz-se por aí à boca cheia que os politicamente correctos são uns cepos e uns pães sem sal.

Quem diz este tipo de merdas não é políticamente incorrrecto. É politicamente estúpido. É ridículo e acéfalo. Ofendi? Vês? Não é preciso ser politicamente ignorante ou lá o nome que dás a esse conceito ridículo para ofender.

Promover este conceito é como promover o uso de drogas pesadas. Se calhar não. Promover drogas pesadas ainda assim é mais aceitável. A Alice Glass sabe fazê-lo e bem, por exemplo.

Se vivemos numa sociedade, temos o dever cívico de obedecer a protocolos de comunicação e de relações interpessoais. Sem estes, somos excluídos. Se achamos que o melhor é quebrar esses protocolos para fazer passar a mensagem, então estamos a considerar que a melhor maneira de comunicar é desobedecer aos padrões de comunicação. Faz sentido.
Ser politicamente incorrecto é algo que não existe. Se achas que existe, então não sabes o que é. É como assumires que há unicórnios e que os podes ver no zoo. 

Não partilhas a mesma opinião dos teus pares? Exprime-te. Mostra e argumenta. Ser do contra não é ser politicamente incorrecto. É ter uma opinião divergente apenas. Não apresentas argumentos? Então és estúpido. O quê? És politicamente incorrecto e por isso não tens que apresentar argumentos? Confirma-se, és ainda mais estúpido.

Eu assumo-me do lado do politicamente correcto. Com orgulho. E isso não me demove de apresentar a minha opinião. Simplesmente não preciso de usar um jargão sem nexo para o fazer. Se quiser ofender alguém, tenho argumentos para o fazer. Mostro-os. Não me escondo atrás de um rótulo para dizer todas as merdas que quiser de maneira gratuita e sem critério. E nada disto me faz quebrar o protocolo. Quem vem a este blog sabe ao que vem. Se não souber, não necessita de abrir nenhum post para perceber qual a premissa deste espaço. É um espaço meu, é certo, mas não é frequentado apenas por mim. E mesmo que fosse, continuaria com a mesma linha. É viver como numa casa sozinho mas tê-la sempre arrumada. Também podes ter a casa cheia de dejectos a barrar a parede porque és todo do politicamente incorrecto, mas isso só mostra e reforça a ideia de que és estúpido.

"O que faz falta é haver mais pessoas politicamente incorrectas!"

Não, não faz. Faz falta sim, haver mais pessoas que façam oposição às coisas que todos ignoram, mas isso não faz dessa gente politicamente incorrecta. 


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