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Sim, estive ausente. E depois? Quem vos disse que vivo agarrado ao blog?
Na verdade, por razões profissionais, tive que me ausentar de Portugal e rumar ao hemisfério austral. Mas já estou de novo em casa e de volta à vida quotidiana.

Hoje venho falar de algo que me anda a irritar: o RGPD. O que me irrita não é o regulamento em si, que já saiu em 2016 e já há bem mais de 1 ano que ando debruçado acerca da temática. O que me irrita são as pessoas irritadas com o regulamento e que andam histéricas a enviar mails a torto e a direito.

Português que é Português deixa tudo para a última.



Mentira. Pelos visto os restantes europeus também deixaram isto para a última e acho que só tiveram real conhecimento acerca deste assunto há cerca de 2 meses. E o problema é que esta preocupação desmesurada para enviar newsletters a pedir consentimento não é suficiente para cumprir o regulamento. Se acham que o regulamento é isto, então esperem até a CNPD vos bater à porta e vos aplicar uma multa jeitosa.

Sim, porque o RGPD não é só acerca do envio de newsletters para quem não pediu. Também tem que ver com fugas de dados. Estão a ver aquele Excel onde guardam os contactos? Sim, esse mesmo... Está encriptado? Não? Então já sabem o que têm que fazer. E só isto é apenas a pontinha do iceberg do que foi implementado.

De uma vez por todas: deixem de meter o vosso e-mail em todo o lado. Ou criem um e-mail só para o efeito. Estão a ver aqueles quizzes do Facebook? Não os façam. Para além de mostrar bom senso da vossa parte em não ir em balelas dessas, ainda estão a conservar os vossos dados pessoais, ao mesmo tempo que os protegem desses sites manhosos.

Cancelaram a subscrição mas continuam a receber e-mails? Queixa à CNPD (para remetentes nacionais) ou AEPD (para outros remetentes internacionais).

Já agora: bem antes se se falar no RGPD, já havia regras para o e-mail marketing, por exemplo. Para além dessas regras, também havia uma espécie de protocolo de boas práticas. E o RGPD não traz grande coisa de novo a essas regras: os contactos devem ser legítimos, deve haver a devida autorização para uso dos mesmos, nos e-mails a enviar deve haver sempre pelo menos um botão para cancelar a inscrição e não se deve enviar e-mails (ou outro tipo de mensagens) para quem cancelou a subscrição. É simples não é? Pois, então desconfiem se de um momento para o outro há empresas ou entidades preocupadíssimas com isso e que querem a toda a força que dês autorização para usarem os teus dados. Porque se estão a pedir autorização... É porque não a tinham antes. Simples.

E pronto. Este foi o meu momento de serviço público. Até ao próximo post.


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