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O Homem descobriu o fogo, inventou a roda, com ela começou a desenvolver maquinaria e a descobrir coisas fantásticas em relação à física. Séculos mais tarde veio a revolução industrial e pouco depois a massificação do uso da electricidade. As guerras mundiais fizeram desenvolver as telecomunicações a nível militar e depois levaram à sua aplicação no meio civil. Também na II guerra mundial se desenvolveu o ENIAC, o primeiro computador.

E isto tudo para quê? Para que anos mais tarde viessem a surgir as redes sociais, esses agridoces serviços presentes na web dos dias hoje.


Tudo começou com o Hi5 (falo agora da realidade portuguesa). Tempos mais tarde, tudo migrou para o Facebook, dada a enchente de parolada que invadira o Hi5. "Migrei para o Facebook, chau Hi5!" - lia-se nos estados do MSN dos teenagers, procedidos por " ♪ Flow 212 - Ritmo do meu flow". Sim, afinal quem era o parolo ali? Não sei bem.

O que é certo é que o Facebook trouxe por arrasto toda a gente no espaço de 1/2 anos. Isto trouxe consequências. Esse Facebook que outrora era bem frequentado, tinha um inovador mural que privilegiava a troca de conteúdo. Conteúdo "ok" (não era bom nem mau). Mas foi sol de pouca dura. Um ano depois, já se viam de novo aquelas maravilhosas citações com glitter e cenas da Bíblia, não esquecendo aquelas brasileiradas sem graça nenhuma. Era isto. Até que veio o Instagram.

Instagram, Insta, ou o raio que queiram chamar tinha chegado para ficar, mas trazia algo que o fazia ser apenas para alguns: era uma app para iOS. É certo que não tardou a aparecer a versão para Android, mas até lá apenas quem tinha um iDevice poderia fazer uso desta rede social. Ter Insta era sinal de status.

"OMG! A ralé chegou toda!"


Soaram os alarmes da betalhada toda. "Como vamos combater isto? Temos que mostrar que somos superiores!"
E pronto, assim surgiam as fotos do Gin&Tonic, numa marina. Ao pôr-do-sol Num sunset. Foi um bom esforço, mas insuficiente. Aqueles filtros maravilhosos usados pela ralé eram suficientes para tornar uma foto de uma mini e uma bifana tirada numa festa de aldeia em pleno mês de Agosto em algo glamouroso. Haverá rede social mais democrática do que esta?

Nunca vi uma foto merdosa no Insta. No Insta todos têm altas vidas. Esta rede social deturpa a realidade. No insta não há porquitchonas. Há modelos. Não há Vidais Bizarros desta vida. Todos sabem muito de fotografia. Um conhecido há uns anos disse que se queria fazer inveja no insta, metia uma foto qualquer. Se queria fazer inveja no LinkedIn bastava meter um cargo novo numa empresa.

O Insta é o gigante que vai absorvendo os serviços da concorrência. Nunca vai perder utilizadores de forma substancial por isso mesmo. É uma rede social que, embora não destrua tantos casamentos, é nefasta. Obriga-nos a ostentar uma vida que não temos porque pensamos através dos posts dos outros que temos uma vida pior do que aquela que temos na realidade.

Já usei e já foi divertido usar Insta, mas neste momento, só tenho mesmo a conta aberta. Não a uso.
E afinal, a vida até é bela e mais bonita se olhar para ela sem ser através de um ecrã. E isso meus amigos, é algo que nunca poderá ser realçado por nenhum filtro de uma app.



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